Ele respirava aliviado por estar em um lugar tão belo e tão silencioso. Olha para o campo aberto e sente a brisa lhe percorrer os pulmões, admira o nascer do sol ao longe e uma sensação, que ele não sabia ao certo o que era, lhe tomar o corpo. Ele se levanta e vê que ali estava uma linda borboleta voando ao seu redor. Encarando aquele pequeno ser que o deslumbrava a visão, pela beleza embutida nas cores fortes e vivas de suas asas, ele sente uma necessidade incontrolável de ir atrás da pequena borboleta. A borboleta se afasta assustada do ser grande que a persegue, e nosso inocente protagonista sai em perseguição daquele intrigante ser que o encantava como a luz da lua.

Durante muito tempo aquele percurso em volto da borboleta foi cansativo e doloroso. Ele caía e se levantava, cada vez mais distante do seu objetivo, até que um lapso de lucidez lhe veio a cabeça: "Não alcançarei aquele ser que tanto me intriga, mas também não consigo simplesmente deixá-lo! Ele já faz parte da minha vida. Tenho que ao menos ajudá-lo em seu percurso." - conclui o andante.

Com o que resta de vontade e força, ele inspira bem fundo, corre o máximo que a fadiga lhe permite, e ao se aproximar da borboleta expele todo o ar em seu pulmão para que a mesma tome propulsão para um vôo mais alto. Vendo que seu objetivo foi cumprido, ele esboça um sorriso no rosto e cai ao chão satisfeito desejando à pequena borboleta uma vida plena.

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Aqui vão alguns devaneios, ou delírios segundo opinião de alguns, que circundam não só a minha mente, mas a de algumas pessoas. Fiquem a vontade para criticar ou dar sugestões. Espero que gostem dos textos.

Alexandre Silva Reis

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